sexta-feira, 1 de abril de 2011

SOMOS CAPAZES? SIM.

Soluções milagrosas não existem.

Somos capazes de nos gerir.

Quais as regras que temos de seguir em caso de crise ou emergência?

Existem formulas que em outros sistemas já foram usadas com sucesso. Rigor, estratégia a curto - médio - longo prazo. Compromisso com a exigência. Auto controle e contenção. Transparência, execução planeada e exacta. Motivação pela ética, com objectivos claros relacionados com os prazos da estratégia traçada. Relacionamento institucional com o fito de boa conclusão, com mentalidade aberta e informada, em que os interesses comuns sejam claros, postos em prática e estejam acima de todos os outros. Não devem existir outros interesses que não seja o bem comum.

Comunicação continua das acções e objectivos alcançados pela prática e gestão corrente, tenham estes objectivos sido conseguidos ou não, temos de saber e não podemos descobrir mais tarde, isto faz parte da transparência e provoca motivação.

Análise dos resultados de forma constante, sempre conjugada com a execução da estratégia.

Planeamento sério e atempado, não fazer se não está planeado, mais vale ter um mau plano executado na perfeição do que um bom plano abandonado ou desviado da sua intenção inicial.

Mentalidade vencedora, implementação de um querer triunfar, não deixar a espiral negativa continuar a desmotivar a população.

Querer saber, implementar o gosto pela auto cultura e conhecimento, tem de ser uma constante as pessoas quererem saber mais sobre o que fazem profissionalmente, o que são e qual o seu espaço no mercado, o que são e o que fazem enquanto filhos, pais, avós, qual o seu contributo e como podem alterar as práticas negativas implementadas, motivar e criar uma espiral positiva.

Para isto tudo acontecer temos de implementar um discurso a nível nacional de mudança concreta com metas concretas e programas de enriquecimento cultural, social e económico.
Tem de existir no ensino um programa de gestão de recursos pessoais, das famílias e das comunidades (é mais fácil contribuir para uma comunidade, quando sabemos qual o valor do nosso contributo e vemos acontecer e se concretizar o valor do nosso contributo), um programa de orçamentação nas escolas, esse programa deve incluir a passagem do conhecimento de filhos para pais, lembrem-se do programa dos ensinamentos da reciclagem, quando foi ensinado nas escolas, foram os filhos que educaram os pais.

Nós somos capazes e inteligentes, temos de por de lado cores e credos e ter objectivos comuns e de união.

Conhecendo a dimensão do problema, podemos pensar na solução.


quarta-feira, 23 de março de 2011

caixa de umbigos

Pode ser só uma teoria da conspiração, mas achei que deveria partilhar.

O Socrates foi todo inchado falar com a Merkle, tratava-se de uma chamada á Alemanha, e no nosso labrego auto isolamento, tudo o que seja viagem ao estrangeiro, e, principalmente a convite, é logo de ficar to do inchado. Julgo que ela deve lhe ter perguntado.

- Oiça, como é você vai apertar mais o Povo e pagar a divida? É que nós precisamos de saber se contamos consigo! Não se esqueça que somos um dos vossos maiores credores.

O tipo como é todo vaidoso deve ter considerado aquilo de uma importância enorme, vai de falar com o Teixeira e refazer o pacote (PEC 4). No entanto acho não considerou que a coisa estava minada, porque tinha cá de visita técnicos da CE para lhes avaliarem as possibilidades de Portugal ser viável enquanto economia, e traçar como baixar o deficite, porque isso é que é importante para a zona Euro. Ou seja comprou um programa de estabilidade e desenvolvimento,
feito pelos técnicos da CE, para apresentar na CE, para ser aprovado pela CE.

Para o primeiro ministro estava tudo correcto, foi-lhe explicado pela Alemanha, que não tinha hipóteses de sair daquele plano, e que ele teria de considerar aquele plano uma vitória, que ele anunciaria ao País mais tarde, em pompa e com a circunstancia como se de salvador da Pátria se tratasse. No fundo caiu na artimanha do seu ego e personalidade, e cedeu á vaidade,
esquecendo-se do lado humano dos homens, que não gostam que se tomem decisões muito importantes, sobre eles próprios, sem serem consultados, principalmente quando estas implicam hipotecar gerações futuras em muitos anos, na qualidade de vida e rendimentos.

Agora vem a teoria, o presidente foi eleito em Portugal, a semente planatada por Bruxelas na senhora Merkle, a chamada de atenção e desenho frio e calculista feita por parte dos técnicos europeus, a traição a todos os parceiros por parte do 1º ministro. O resultado só poderia ser a demissão do governo forçada pelo principal partido da oposição. Será que foi pensado?

Quando se apercebe que tem de assinar o PEC 4, os pensamento de Socrates, devem ter sido mais ou menos assim, ou quer mesmo se ir embora porque está tudo bem pior do que sabemos, e vai disfarçar que o obrigaram a sair, e, depois prepara a sua sucessão no PS. Ou quer ir a eleições para tentar a maioria absoluta, chorando-se aos Portugueses, mostrando índices de investimento nas energias renováveis, nas obras de re-qualificação das escolas e hospitais, o do costume, e o povo come novamente, mas agora com o papão de não ter maioria absoluta, e o povo acredita nele como o motorista mais qualificado para conduzir esta camioneta pela estrada de montanha. Ou foi anjinho e Barroso, Cavaco e Coelho jogaram forte com a cartada Alemanha / CE obrigando-o pelo seu ego a tomar uma atitude da máxima importância, sem seguir as regras. Bastando para isso introduzir o factor urgência adicionado aos relatórios e conselhos de técnicos da CE, mais á pressão feita pela Alemanha que o obrigou a seguir o caminho do tudo ou nada, caminho que outros já lhe tinham traçado, mas que desta vez esteve mais exposto.

Num cargo de responsabilidade e gestão como é o do 1º ministro, não pode haver lugar ao ego e vitórias pessoais, a maior vitória é o desenvolvimento do povo que se comanda, o projecto Portugal e a união de todos em torno de um bem comum, são vidas de várias gerações que estão em causa, e com isso não se joga permanentemente sem enfrentar este desfecho como possível, ou no caso da coisa estar muito má mesmo, será que não foi como objectivo?

Outro aspecto que temos de ver, é que Portugal ao pagar mais caro o dinheiro, contribui para o enriquecimento das economias que nos emprestam,contribuindo assim para os valores positivos destas economias e delapidando os parcos recursos que ainda dispomos. Além de ser de todo interessante para o futuro da CE, existirem países onde o desenvolvimento seja menor para permitir acesso a mão de obra barata perto dos centros de consumo europeus, nomeadamente
Alemanha. Julgo que vamos ter num futuro próximo um aumento do investimento Alemão em Portugal, nomeadamente nas industrias de transformação e metalomecânicas.
Para um industrial Alemão é mais fácil se endividar na Alemanha, com taxas de juro baixas e procurar produzir em Portugal com salários baixos, do que depender da qualidade duvidosa e perdas de tempo e logísticas caras, que são as alternativas asiáticas.

Além de tudo continuamos a formar quadros superiores, que com a falta de possibilidades de emprego no nosso País, vão de certo procurar outros destinos, e a Alemanha
já disse publicamente que necessita de importar cerca de 6,3% de quadros superiores para abastecer a máquina produtiva e de desenvolvimento, e claro não estão interessados em mais Árabes que são um factor de instabilidade crescente.

Com este desenho ficaremos confinados a sermos os produtores de sapatos e maquinas de baixo valor acrescentado, ou produtores de técnicos superiores que gastam os recursos do País na sua formação e produzem rendimentos em outros Paises.

Julgo que o desenho para o nosso País já está delineado há muito tempo, e não foram os nossos dirigentes que o fizeram, porque não estudaram todas as hipoteses, não sairam da caixa de umbigos em que nasceram e principalmente por se terem deixado manipular por promessas de avais a endividamentos futuros. O que se passou nos últimos anos foi que crescemos a pedir emprestado e não produzimos para pagar as dividas.